DESILUSÃO
Este fim de semana soube de duas realidades que me deixaram de rastos (uma das pessoas conheço desde a minha infância, outra só vi uma vez num jantar, mas até achei a pessoa super porreira (é claro que a opinião agora já é diferente!).
As pessoas quando escolhem um namorado/marido, companheiro, que já tem uma filha, e resolvem aceitar a situação, não o devem só fazer verbalmente, e com isso quererem demonstrar que são diferentes, que não lhes faz qualquer confusão uam filha de uma relação anterior!
Quando tomam esta atitude devem aceitar a criança e tratá-la bem, com amor e carinho, não quer isto dizer que assumam o papel de “Mães”, pois não o são, e cada um tem os seus papeis bem definidos na sociedade, é uma questão de partilha de valores e sentimentos que deveriam estar muito para além das relações que as unem (ou não!!!!)
As duas meninas têm agora 5 anos e já conhecem as respectivas “madrastas” desde bébés, mas não é por isso que são bem tratadas.
As pessoas em questão não lhes dão uma palmada (nada disso, são completamente contra a violência!!!!), batem-lhes "sem mãos”, isto é, “batem-lhes” psicologicamente, e esta dor, todos nós sabemos que doi muito mais, apesar de não ser fisica....
Constantemente menosprezam as crianças, frases como:
“Não me digas que desaprendeste tudo o que aprendeste até hoje”
“Já sabes que ao pé de mim não te portas assim, isso fazes com a tua mãe”
Não sabes...
Não queres...
Não percebes...
Não, não, não, não....
Constantemente são criticadas, pelo que fazem, pelo que não fazem, pelo que comem, pelo que não comem, por tudo....
As exigências são mais que muitas, mas aquilo que elas realmente precisam, porque é de crianças que estamos a falar...reza assim:
Amor 0%
Carinho 0%
Colinho 0%
Miminho 0%
Brincadeira 0%
Partilha 0%
Este comportamento desgasta qualquer pessoa que esteja a assistir e cria um sentimento de revolta tão grande, mas tão grande, que nem sei o que é que apetece fazer...
Como é que é possivel? São uns doces de meninas com apenas 5 anos e precisam de miminho, de carinho, de amor, de partilha, de colinho, mas não o têm...pelo menos da parte destas duas senhoras, que aceitaram tão bem o facto de elas existirem !!!!
É nestas alturas que eu penso o quanto um divórcio pode afectar a vida de uma criança, as chicotadas psicológicas que alguns filhos têm que passar, quando vão passar fins de semana com os pais....
Nestes dois casos que vos relato, os pais não se “metem”, um porque à frente dele tudo é mais calmo e aceitável, outro porque há muita coisa em jogo (muitos valores materiais, e não só) este tema, claro vai ser alvo de outro post!!
Para mim a partir deste fim de semana ficaram “rotuladas” de bruxas más, pois são mesmo isso que elas são...as pessoas à medida que se vão revelando mostram facetas que nos desiludem tanto...
Espero que não existam muitas meninas(os) a sofrer aquilo que a Carolina e a Jéssica sofrem...
26 Comments:
Pois, Kikas, mas acho mm q há. Infelizmente. Sabes: eu ñ acredito em bruxas, mas q as há...
É que não gostar da ex-mulher do nosso marido, compreendo perfeitamente, mas das crianças?
E isso dos pais não se meterem faz me uma confusão...
Beijinhos
Sabes Kikas acho que vivemos uma humanidade perversa e má. beijinhos
Todos os dias nos cruzamos com bruxas más... o pior é quando elas são más para crianças que não lhes fizeram mal nenhum a não ser serem filhas do homem que elas escolheram. E isso é muito mau. Mas olha que esses pais também andam a dormir...
Um horror.... mas há mães assim.
Resta-nos ser-mos melhores com os nossos e se não nos contivermos, accionar mecanismos legais para os outros, sempre de lamentar...
:(((
:(
Há pessoas que usam máscaras.
Um dia a máscara cai...
Espero que aconteça isso nesses casos.
Beijinhos.
Revoltante!
o que me doeu ler isto.
só espero que tudo mude rapidamente para essas crianças.
são só crianças...
Sim, axo que tens razão, mas há muitas mães, que mesmo os seus filhos tendo saido dos seus ventres, fazem isto e muito mais!
Não se resume a Madrastas e Padastros, mas sim a Pessoas.
Ao Homem em geral.
Bom senso, Respeito, e Lealdade,fazem falta ás Sociedades.
Infelizmente não vejo nada a mudar.
Ficaremos indiferentes.
Bjs.
Espero que sim!
Há pessoas péssimas!
Beijinhos!
nem toda a gente sabe como educar uma criança, e isso ve-se nesse tipo de situações
inacreditavel...mas desculpem é preciso dizer que a maior das cobardias é a dos pais que não acompanham devidamente as meninas e não procuram saber tudo o que se passa com as meninas nos diferentes quadrantes da vida delas,pior que não conhecem efectivamente as pessoas que têm ao seu lado...
Eu podia eventualmente ser uma bruxa dessas...(não podia pq não faz parte de mim)mas é garantido que o pai das meninas não permitiria..é quase certo que se aperceberia...Ele conhece as filhas que tem,conhece os seus comportamentos;fez e faz questão de acompanhar de perto o relacionamento entre mim e as miúdas...é salutar,para todos!
...ó minha @miga...infelizmente existem muitos casos destes...e quem sofre são sempre os mais fracos: as crianças...dói saber, mas o que dizes é muito real kikas, muito mesmo...
Jinhossssssss
Fiquei desolada com este post. Nem quero acreditar que há pessoas assim. Que culpa têm as crianças. Coitadas.
bjs Sandra
Olá!!!
Lembram-se do post sobre as madrastas?? Lembram-se das coisas que falámos??? Pois é...
Devo confessar que também eu estou desiludida com algumas pessoas.
Eu adoro crianças (como já sabem), gosto de brincar com elas, gosto de conversar com elas, gosto da sua sinceridade e honestidade e da sua inocência. Naqueles olhos não há maldade e não há nada melhor que uma boa gargalhada de uma criança feliz!
O facto de se aceitar que o namorado / marido / companheiro tem um filho não significa que se tenha que assumir o papel de mãe (como já falámos) mas, também não tem que se assumir o papel de "Bruxa Má".
É muito fácil dizer: "Não é minha!". Deviam pensar que um dia, pode acontecer com os filhos delas. A relação pode não dar certo, e os filhos delas podem vir a conhecer a nova namorada do pai e depois? E se a nova namorada do pai pensa a mesma coisa? Se calhar o caso muda de figura, não?
Fico a pensar o que vai acontecer, quando uma destas "Bruxas Más" tiver os seus próprios filhos...como vão tratar estas meninas??!!!
A "almólica" diz que os pais deviam acompanhar as filhas...alguns acompanham e assistem a tudo isto, no entanto não abrem a boca. Acredito que não queiram ver a realidade...as razões que os levam a ficar calados só eles as sabem! Acho que tentam minimizar a situação e acho que o fazem porque lhes custa admitir que a pessoa que está com eles é uma "Bruxa Má".
Há "coisas", sentimentos que nascem com as pessoas...se calhar nenhuma delas nasceu com o sentimento de gostar de crianças...tenho muita pena delas pois, não sabem o que perdem!
Realmente que Bruxas más... como é possivel??? Faz-me tanta confusão... Partilho 100% dos teus sentimentos... bjs. Marta
eu tb sou madrasta, mas espero não ser assim, acho que não sou. São madrastas destas, que fazem com que as madrastas sejam mm vistas como bruxas más.
Partilho da tua revolta, as crianças não têm culpa.
Claro que tem que se "ralhar" de vez em quando, é normal, é natural e faz parte do processo de aprendizagem, não só das crianças como dos pais, madrastas e afins.
Eu tb ralho, mas tb brinco, mimo, etc. Para tudo há peso e medida.
Nem sei o que diga... por isso o melhor é ficar calada...
Não sabes o que me fazes lembrar...( sou filha de pai divorciados desde os 3 anos)com contacto quase nulo com o pai, aos 16 anos ouvi da minha madrasta que o meu pai tinha 3 filhos para criar, que a minha mãe me criasse a mim!!!
Desculpa este desabafo aqui, mas isto revolta-me profundamente!
Beijos
PS: Vais saber de quem é o comentário
È MUITO REVOLTANTE SIM, MAS POR VEZES ESSAS SITUAÇÃO PASSAM-SE COM AS PRÓPIAS MÃES.
JINHOS
Olá Kikas.
Cada caso é um caso... Eu sou madrasta e acho que nunca fui 'bruxa má' para o meu enteado precisamente porque penso que não sei qual é o meu futuro e que um dia, pode ser um filho meu a ter uma madrasta...
Também acho que temos uma boa relação porque nos damos bem, brincamos, rimos, partilhamos gostos... Ao contrário do que descreves, incentivo-o sempre a melhorar e a conhecer novas coisas da vida...
Mas quem está no convento é que sabe o que lá vai dentro... E os pais também deviam ter algum tipo de atitude... Quando há filhos doutras relações, quem entra já sabe que eles existem e tem mais é que os aceitar e viver bem com isso senão o melhor é nem 'avançar'...
Eu é que já me 'avancei' no texto!
Beijinhos
:((((
Fiquei triste... arrepiada... revoltada... não é justo!!! As crianças não têm culpa dos desmandos dos adultos...
E afinal o papel do pai nessas situações fica resumido a quê? Continuo sem perceber porque é que não se metem - afinal, não são as suas meninas que estão em causa?
:(
Beijo grande
Infelizmente há tanta criança maltratada neste mundo.
Essas mulheres são uns verdadeiros MONSTROS!
Bjs
História real muito triste mas infelizmente muito vulgar...
também há o reverso da medalha - eu fui criada pela minha madrasta porque a minha mãe me abandonou...
para mim foi sempre a MÃE assim como para ela fui a FILHA...e o amor foi do tamanho do mundo... tenho tanta saudade dela!
Como comentário vou-te contar um caso na minha família.
A minha irmã foi mãe pouco depois de fazer 16 anos. Aos 19 anos já era divorciada. Nunca deixava a menina ir para o pai porque não gostava da mulher dele mas a menina sempre foi bem tratada pela madrasta (acho que melhor do que pela mãe). Entretanto, salvo erro há 6 anos a minha irmã começou a viver com outro rapaz de quem tem uma menina de 19 meses (faz 4ª. feira). Penso que ele nunca chegou a bater na menina, mas ela queixava-se de que ele gritava com ela, entrava no quarto dela sem bater à porta e muitas outras coisas que nem o meu próprio pai faz. A minha irmã nunca se meteu, nem nunca disse nada aocompanheiro pela forma como tratava a menina. Ela hoje tem quase 13 anos. Falo no passado porque, a 31 de Outubro ele abandonou a minha irmã, embora vá voltar a meio do mês que vem. Tenho a certeza de que as coisas irão piorar porque a menina diz que se ele entrar,ela sai.
Desculpa o testamento mas isto tudo para te dizer que não há só madrastas más. Também há mães assim e não acho que a minha irmã alguma vez tenha sido uma boa mãe.
Joquinhas
Sofia
Tenho uma madrasta desde os 6 anos.
Sei que me magoou muito por muita coisa injusta que dizia e fazia mas também lhe reconheço algumas virtudes. Sei que falhou muitas vezes porque também não tinha quem lhe metesse um travão (sim, falo do meu pai). Posso dizer que comecei cedo a viver sozinha devido à dificil convivência que tínhamos. Não a vejo como uma bruxa má. Tenho-a simplesmente como a minha madrasta. Magoou-me, mas não só. Fez-me crescer!
Quanto ao meu filho...
cada caso é um caso, é certo, mas se eventualmente um dia ele vier a ter uma madrasta ou um padrasto (isso eu não tive), só espero conseguir ter a sensibilidade e o bom senso de não permitir que a convivência se torne como a minha foi, sem por outro lado, caír no erro de me tornar paranóica.
Também não quero julgar o comportamento que esta madrasta do post, teve. Costumo dizer que "quem anda no convento sabe o que lá vai dentro" e neste episódio, ela até pode ter falhado com as meninas mas também não sabemos como ela é no dia a dia e se em alguma altura ela as compensa. Eu que sou Mãe e enteada, tenho noção que em certos dias, por cansaço ou falta de paciência talvez, sou menos justa, e normalmente quando me dou conta do erro, já não posso voltar atrás. Posso apenas compensar.
Seria bom que a vida não tivesse espinhos, sobretudo a vida dos nossos filhos mas convenhamos, poucos são os que têm essa sorte, não é?
Jinhitos
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